Estamos no terceiro ano sob nova direção da era Henrique Fogaça, figura icônica e muito querida no condomínio.
Sem tempo para o prédio, devido as inúmeras atividades de sua vida profissional, a tarefa do papel de síndico foi confiada ao subsíndico por dois mandatos e, agora, atua como síndico e o Chef como subsíndico. Com boas intenções, ávido por resultados positivos e rápidos, nome mais provável para reeleição, tem tido dificuldades de diálogo com parte significativa dos proprietários.
No seu entender, críticas mesmo que construtivas, atos simples e corriqueiros ,é objeto de desconfiança e sinal de oposição. Imagina que a antiga gestão está buscando dados para difamar a atual gestão e consequentemente voltar ao poder. Por outro lado, uma parcela dos condôminos veem tal comportamento com negatividade e o sentimento de que a velha ditadura ainda não se dissipou completamente "estão fazendo a mesma coisa!" murmuram nos corredores, quando não é verdade, trata-se apenas de falta de prática e traquejo diplomático para tratar essas questões.
O que se é percebido no Baronesa de Arary hoje, se iguala a período pós guerra, onde o trauma da população e dirigentes governistas chega às vias da paranoia coletiva, enxergando inimigos em tudo e em todos os atos.
Para atentos é plausível tais comportamentos, sabem como gerencia-los com prudência e sabedoria, no entanto, tal sentimento na coletividade pode levar a formação de forças contrárias desnecessárias, ilusórias e quixotescas.
Esse fenômeno social em nossa comunidade é latente, reabre feridas, nos assustam com antigos fantasmas de uma democracia deteriorada por dezoito anos de ditadura e desmandos da antiga gestão.
Perseguição a desafetos, ameaças, ocultação de documentos, ocupação ilegal de áreas comuns, propaganda falsa (fake news), engessamento do Conselho Consultivo, extinção da Comissão de Obras, contratação de obras sem o conhecimento e aprovação dos proprietários, nos mantiveram a deriva e assustados por longo período. Não nos livramos completamente desta sensação, hoje ilusória, porém, ainda permeiam nossos pesadelos.
Uma ferida cura, a cicatriz jamais.
Que as cicatrizes do que passamos sirvam para nos lembrar sempre,
"Unidos somos tudo, sozinhos somos nada."
Por: Jurandir Rodrigues
Pensei que fosse um post sobre o apartamento assombrado
ResponderExcluir